sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um Poema à moda de Alberto Caeiro


Ao olhar dos poetas é vida,
Amor, ao entardecer...
Ao olhar dos cientistas é luz, fogo...
Eu... Eu chamo-lhe Sol.

É a luz que me ilumina,
É o fogo que me aquece,
É a vida que me sustenta
E é o amor... Que eu não conheço,
Que não sei explicar, que não quero pensar,
Apenas sentir...
Eu gosto do que sinto quando o olho,
Quando ele me aquece...
Quando me ilumina...
Gosto dele. Porquê?
Não sei. É o meu Sol,
Sol que não conheço, que não toco,
Que não cheiro... Mas vejo-o
E sinto-o com os olhos, em mim,
Como se fosse parte de mim
Apenas por senti-lo...

Porquê Sol e não luz, ou fogo, ou amor?
Se assim pudesse ser, então não era Sol...
O amor é amor, a vida é vida e o Sol é Sol.

E tal como o Sol é o Sol,
O que sinto é um sentimento
E é inexplicável...
Se o explicasse não era um sentimento,
Era um pensamento...
E eu não quero pensar,
Porque quem pensa não sabe sentir
E eu sinto...
Sinto o Sol.

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