quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Carta ao Presidente da República

Excelentíssimo Sr. Presidente da República, gostaria de abordá-lo acerca das oportunidades de trabalho que o país oferece.
Sou uma aluna do ensino secundário mas tenho como objectivo o ensino superior e preocupo-me com a procura de emprego, com as escassas oportunidades de emprego que o país tem para oferecer a licenciados.
Actualmente, alguns empregados têm apenas o ensino básico ou o secundário, enquanto certos cargos poderiam ser ocupados por licenciados, pois têm mais formação, e, algumas vezes, deparam-se com casos destes.
Na minha opinião, isto faz com que os jovens portugueses tenham pensamentos como:
“Para quê tirar um curso superior se não há oportunidades de trabalho no meu país ou se alguém com menos formação, (dentro do ensino obrigatório), pode perfeitamente ocupar o meu lugar?”
Penso que a nova política de migração de abrir a Europa aos europeus, a fim de qualquer indivíduo, dentro dos países europeus, poder estudar, empregar-se…enfim, desfrutar das suas necessidades, em qualquer país. É um bom começo para combater o desemprego e para que convivamos mais e passemos a conhecer diferentes culturas.

Com os melhores cumprimentos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

"O Crime de Lorde Artur Savile" - Oscar Wilde

O conto...

“O Crime de Lorde Artur Savile” trata-se de um conto um tanto ou quanto cómico de Oscar Wilde.
Publicado em 1891, este conto relata a angústia de um jovem londrino (Lorde Artur Savile) que após uma festa de alta sociedade um quiromântico, ao ler-lhe a mão, previu o assassinato de alguém próximo do Lorde Savile.
O desenvolvimento da história retrata todas as emoções vividas pelo personagem ao ponto de chegar a fazer listas de possíveis vitimas e a preparar os seus homicídios, mas sempre sem sucesso.
No final do conto, desvenda-se a verdadeira entidade do quiromântico, que, afinal não passava de um vulgar impostor.



Opinião pessoal...
A obra apresenta-se bastante bem elaborada, com um vasto vocabulário, uma linguagem recuidada, retrabalhada e retratada, contém muitos pormenores, o que é excelente para quando se imagina a história. É um conto atractivo, que cativa o leitor. Os pensamentos e sentimentos das personagens são profundos, longos e quase que reais. Wilde brinca com as ideias, deixa escapá-las, volta a capturá-las e pinta-as de fantasia e emoção.

O autor...
Oscar Wilde foi um dos maiores escritores do século XIX.
Teve imenso sucesso em grande parte das suas obras, sucesso que foi arrasado com a condenação de Wilde a dois anos de prisão acusado de cometer “actos imorais com alguns rapazes”.
Wilde foi humilhado pela população por ser homossexual.
Foi denunciado às autoridades pelo pai daquele que se julgava seu amante (lorde Alfred Douglas), arruinando assim a sua carreira e o prestígio que havia conquistado.
Após ter cumprido a pena, Wilde refugiou-se em Paris com o pseudónimo Sebastian Melmoth. Anos mais tarde soube-se da sua morte causada por uma forte meningite, agravada pelo álcool e Sífilis.


-Oscar Wilde mostrou ser conhecedor do comportamento humano, interrogando-se acerca da vida e da nossa actuação nela.Algumas ideias de Wilde:
  • 'A verdade não é complexa, nós é que somos'
  • 'O mundo pode ser um palco, mas o elenco é um horror'
  • 'Experiência é o nome que nós damos aos nossos próprios erros'
  • 'Quando eu era jovem, pensava que o dinheiro era a coisa mais importante do mundo. Hoje, tenho certeza'
  • 'Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas não faz mais do que existir'
  • 'Posso resistir a tudo, menos às tentações'
  • 'Hoje em dia conhecemos o preço de tudo e o valor de nada'

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ler não é uma obrigação!

Direitos do leitor:
  1. O direito de não ler.
  2. O direito de saltar páginas.
  3. O direito de não terminar um livro.
  4. O direito de reler.
  5. O direito de ler qualquer coisa.
  6. O direito ao bovarismo (doença textualmente transmissível).
  7. O direito de ler em qualquer lugar.
  8. O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
  9. O direito de ler em voz alta.
  10. O direito de se calar.


«O verbo ler não suporta o imperativo. É uma aversão que compartilha com outros: o verbo amar... o verbo sonhar...»
Daniel Pennac. Como Um Romance (1992)



"Ler não é uma obrigação." É esta a ideia de Daniel Pennac.

Não é ou não devia ser uma obrigação. Ler é algo que fazemos quando assim o desejamos.É como amar e sonhar, não só pela liberdade que nos é dada quando o fazemos, mas também porque enquanto lemos uma história, vamos "sonhando acordados", vamos imaginando como será aquela história, e ao imaginarmos, começamos a amá-la também. Não sendo assim, a leitura, considerada um dever.