sexta-feira, 25 de abril de 2008

Os Pecados Inocentes

Na minha pele, não vejo cor, vejo brilho;
Mesmo as mãos transparecem de prazer impossível
Com sentimentos muito mais ruborizados.


Na minha pele, não vejo cor nem brilho.
As lágrimas, tão cálidas, dos pensamentos gritam ao pecado,
E a pele converte-se brilho lúgubre para apaziguar as cores.


Os gritos das lágrimas - não ouviste gritos,
Mas só murmúrios de brilho e pensamentos de cor.
E a coragem do pecado ganha luz nos afectos.


Na minha pele, porém, não acaricias lábios,
Que cessam todos na rubra ou na escarlate,
Ou em cor tentadora.


A minha pele não é culpada.
A cor da minha pele é que é culpada.
Culpada é o que não quero poder ser.

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